O Rio de Janeiro é um lugar de belezas naturais que ninguém pode negar, apesar dos vários problemas. O que me chama atenção é que a Cidade, infelizmente, se limitou a apresentar aos turistas a orla e se olvidou do seu lado histórico.
Vamos à história:
Entre as edificações, hoje com valor histórico, contam-se igrejas e um convento, ambos ricamente decorados. Uma dessas obras remanescentes é a chamada Ponte dos Jesuítas.
Sentindo-se confortável na Real Fazenda de Santa Cruz, o Príncipe Regente prolongava a sua estada por vários meses, despachando, promovendo audiências públicas e recepções a partir da mesma.
Deve-se destacar também que a durante todo o período entre 1808 e 1889, Santa Cruz foi um dos bairros cariocas com suas paisagens mais retratados por viajantes estrangeiros.
Em Santa Cruz foi assinada a lei, pela Princesa Isabel, que dava alforria a todos os escravos do Governo Imperial.
Em 1878 foi inaugurada a estação de trem e no final de 1881 foi inaugurado o Matadouro de Santa Cruz, tido como o mais moderno do mundo à época, que era servido por um ramal da estrada de ferro e abastecia de carne toda a cidade do Rio de Janeiro. Também, devido ao gerador que atendia ao matadouro, Santa Cruz foi o primeiro bairro do subúrbio a ter iluminação elétrica. D. Pedro II também inaugurou o primeiro telefone da Fazenda.
Pouco a pouco, Santa Cruz foi se transformando, com palacetes, solares, estabelecimentos comerciais, ruas e logradouros. Resistindo ao tempo e à ação criminosa dos homens, muitos desses locais ainda se mantêm de pé, atestando a importância histórica deste bairro, entre eles:
Vamos à história:
Antigamente, o bairro que hoje é conhecido como Santa Cruz, foi povoado por aldeias de povos indígenas da família Tupi-Guarani.
Após o descobrimento do Brasil, e com a chegada dos colonizadores portugueses a região foi doada a Cristóvão Monteiro por Martin Afonso de Souza. Logo após, mandou construir um engenho de açúcar e uma capela no local conhecido como Curral Falso, iniciando o povoamento das terras pelos portugueses.
Com o falecimento de Cristóvao, a sua esposa Marquesa Ferreira, doou aos padres da Cia de Jesus a sua parte das terras, que contruiram um latifúndio assinalado por uma grande cruz de madeira: a Santa Cruz. Em poucas décadas, a região compreendida entre a barra de Guaratiba, o atual município de Mangaratiba, até Vassouras, integrava a poderosa Fazenda de Santa Cruz, a mais desenvolvida da Capitania do RJ, contando com milhares de escravos, cabeças de gado, e diversos tipos de cultivos, manejados com técnicas avançadas para a época.
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| Sede da Fazenda de Santa Cruz e Batalhao Escola de Engenharia - O mesmo hoje se encontra aquartelado no antigo Palácio Imperial de Santa Cruz, espaço histórico e cultural disponínel à visitação pública, uma vez que este prédio foi a antiga residência dos padres jesuítas, que também serviu como palácio real e imperial de Santa Cruz. |
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Ponte dos Jesuitas - Santa Cruz - concluída em 1752, com a finalidade de regular o volume das águas das enchentes e para facilitar a ligação de Santa Cruz com outras fazendas. Possui quatro arcos chamados “óculos”, onde passavam as águas do Rio Guandu, que os padres, por meio de comportas controlavam, retendo-as ou liberando-as conforme a ocasião exigisse. Logo após a drenagem do excesso de água plantava-se o arroz nos campos para aproveitar a fertilidade do solo deixada pelos húmus. Enquanto o arroz crescia, os pastos eram preparados nos pontos mais altos e secos, onde se distribuía o gado. |
Outra iniciativa dos dirigentes da Fazenda de Santa Cruz, no plano da cultura, foi a fundação de uma escola de música, de uma orquestra e de coral, integrados por escravos, que tocavam e cantavam nas missas e nas festividades.
Passa pelas terras da Fazenda de Santa Cruz a trilha que no período colonial ligava a cidade de São Sebastiao do Rio de Janeiro ao sertão: o Caminho dos Jesuítas, posteriormente denominado Estrada Real de Santa Cruz, que se estendia até ao porto de Sepetiba, onde se embarcava com destino à cidade de Parati.
Com a expulsão dos jesuítas dos domínios de Portugal e suas colônias, em 1759, o patrimônio da Companhia de Jesus (e a Fazenda de Santa Cruz) reverteu para a Coroa.
Com o banimento dos jesuítas o patrimônio da Fazenda de Santa Cruz passou a se subordinar aos vice-reis, e após um período de dificuldades administrativas, a fazenda voltou a conhecer um período de prosperidade.
Com a chegada da Família Real ao Brasil por volta de 1808, e o seu estabelecimento no Rio de Janeiro a fazenda foi escolhida como local de veraneio. Desse modo, o antigo convento foi adaptado às funções de paço real - Palácio Real de Santa Cruz.Sentindo-se confortável na Real Fazenda de Santa Cruz, o Príncipe Regente prolongava a sua estada por vários meses, despachando, promovendo audiências públicas e recepções a partir da mesma.
Por iniciativa do soberano português foram trazidos da China cerca de cem homens encarregados de cultivar chá, no sítio hoje conhecido como Morro do Chá. Durante quase um século essa atividade foi produtiva e atraiu o interesse de técnicos e visitantes, tal o pioneirismo de sua implantação no Brasil. O chá colhido em Santa Cruz era de excelente qualidade e, por isso, a sua produção era integralmente comercializada.
Em 1820, D. João VI despediu-se de Santa Cruz, para retornar à metrópole portuguesa.Após o regresso de Dom João VI a Portugal, o principe regente D. Pedro continuou em Santa Cruz, passando sua lua-de-mel com a Imperatriz Leopoldina transformando o Palácio Real em Palácio Imperial.
D. Pedro I, abdicou do trono, mas os seus filhos continuaram a manter presença constante na Fazenda Imperial de Santa Cruz., que promoviam promoviam concorridos bailes.Deve-se destacar também que a durante todo o período entre 1808 e 1889, Santa Cruz foi um dos bairros cariocas com suas paisagens mais retratados por viajantes estrangeiros.
Em Santa Cruz foi assinada a lei, pela Princesa Isabel, que dava alforria a todos os escravos do Governo Imperial.
Em 1878 foi inaugurada a estação de trem e no final de 1881 foi inaugurado o Matadouro de Santa Cruz, tido como o mais moderno do mundo à época, que era servido por um ramal da estrada de ferro e abastecia de carne toda a cidade do Rio de Janeiro. Também, devido ao gerador que atendia ao matadouro, Santa Cruz foi o primeiro bairro do subúrbio a ter iluminação elétrica. D. Pedro II também inaugurou o primeiro telefone da Fazenda.
Pouco a pouco, Santa Cruz foi se transformando, com palacetes, solares, estabelecimentos comerciais, ruas e logradouros. Resistindo ao tempo e à ação criminosa dos homens, muitos desses locais ainda se mantêm de pé, atestando a importância histórica deste bairro, entre eles:
| Palacete Princesa Isabel |
| Fonte Walace |



Olá. adorei ler isso. Adorei as fotografias e o texto. E as palmeiras, as árvores tão lindas. fazes bem em passear :) . espero que tudo esteja bem contigo. comigo tudo bem. Um abraço e um bom Domingo. beijos
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